sábado, 24 de dezembro de 2016

Fotos revelam novas características de índios isolados na fronteira do Acre


Fotos em alta resolução mostram pintura corporal elaborada e cortes de cabelo diferentes de índios isolados (Foto: Ricardo Stuckert/Arquivo Pessoal)

Imagens foram feitas durante sobrevoo na fronteira do Acre com o Peru. Grupo já havia sido avistado pela Funai em 2008, diz especialista.

Fotos aéreas divulgadas na quarta-feira (21) mostram uma tribo de índios isolados que ficam na fronteira do Acre com o Peru. O sertanista e assessor indígena do governo, José Meirelles, destaca que as novas imagens possibilitaram o conhecimento de novas características como a pintura corporal e até a forma diferente como os isolados cortam o cabelo.

"Eu já tinha feito sobrevoo nessa região e conhecia esses índios. Essas fotos são em uma definição melhor e é possível ver detalhes, como a pintura corporal elaborada. Outro ponto é o corte de cabelo, alguns possuem a cabeça raspada até a metade e outros não, são diferentes. Até então, a gente achava que todos cortavam igual. Os detalhes podem dizer muita coisa, mas ainda vou ver todas as fotos", explica.


Especialista diz que grupo é o mesmo avistado pela Funai em 2008, mas mudou a localização da aldeia (Foto: Ricardo Stuckert/Arquivo Pessoal)

A descoberta, segundo Meirelles, aconteceu quase que por acaso quando o especialista e o fotógrafo Ricardo Stucker sobrevoavam a área de floresta no Jordão a bordo de um helicóptero, mas precisaram desviar o percurso devido ao mau tempo. Com a lente de alta definição, o fotógrafo conseguiu avistar a tribo em cabanas feitas com palhas em uma área de floresta fechada.

Meirelles conta que a tribo é a mesma avistada por uma equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2008. Na ocasião, a equipe sobrevoava a área em baixa altitude e fez fotos dos isolados lançando flechas no avião. Ele explica que os índios mudam a aldeia de quatro a cinco anos, mas permanecem sempre na mesma área.

"Foi uma coisa rápida, não sei dizer quantos índios tinham no local, pois estávamos muito alto e apenas o fotógrafo conseguiu avistar com a objetiva da câmera. Eles ficam em uma aldeia e depois mudam ela para dois ou três quilômetros adiante. É preciso analisar tudo, mas simples detalhes podem revelar coisas impressionantes", finaliza.


Fotos foram feitas durante sobrevoo em helicóptero (Foto: Ricardo Stuckert/Arquivo Pessoal)

fonte: G1

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